Em Alta NotíciasConflitoseconomiaFutebolgeopolítica

Converse com o Telinha

Telinha
Oi! Posso responder perguntas apenas com base nesta matéria. O que você quer saber?
Entrar

Especialistas dizem que adoção requer oração, pesquisa e reflexão

CNJ aponta 5.256 crianças disponíveis e 33.409 habilitadas; guia detalha 10 etapas e preparo emocional para as famílias

Imagem do autor
Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
É preciso ter um cuidado redobrado quando já existe um filho biológico na família que adotará outra criança. Foto: Reprodução
0:00 0:00
  • O CNJ informa que há 5.256 crianças e adolescentes disponíveis para adoção e 33.409 pessoas habilitadas, com 27.479 adoções realizadas desde mil novecentos e dezenove.
  • A decisão pela adoção exige preparo emocional, consenso entre os cônjuges e reconhecimento de que o vínculo surge no cotidiano, não apenas no papel.
  • O material apresenta dez etapas para adotar no Brasil, do informativo inicial ao acompanhamento pós-adoção, incluindo documentos, cursos e estudos psicossociais.
  • Os passos vão de informar-se e fazer pré-cadastro no Sistema Nacional de Adoção e Acolhimento (SNA), até habilitação na Vara da Infância e Juventude, avaliação profissional, busca de compatibilidade (match) e acolhimento provisório.
  • O acompanhamento depois da adoção é recomendado entre seis e vinte e quatro meses, com suporte psicológico e social; reforçam a importância da preparação, do equilíbrio com filhos biológicos e do apoio familiar.

A adoção é apresentada como gesto nobre e histórico, que nasce no cotidiano, não apenas em um papel. Dados do CNJ indicam que hoje existem 5.256 crianças e adolescentes disponíveis para adoção no país e 33.409 pessoas habilitadas, aguardando. Desde 2019, o sistema registrou 27.479 adoções.

Especialistas ressaltam que a decisão requer preparo emocional, maturidade e consenso entre os cônjuges. O vínculo não depende de identidade jurídica apenas; envolve convivência, rotina e cuidado contínuo. Pais devem estar prontos para fases de adaptação e buscar apoio profissional quando necessário.

Para além da dimensão espiritual, o processo envolve etapas formais e documentação própria, com atenção ao contexto familiar, inclusive quando já há filhos biológicos. A importância de conversar aberta e serenamente com a família é destacada para evitar impactos na dinâmica existente.

Passo a passo para adotar no Brasil

1) Informar-se e refletir: avaliar tipos de adoção, conversar com o parceiro e reunir a documentação básica para acionar a Vara da Infância e Juventude local.

2) Pré-cadastro no SNA: recomendável para consultar o sistema e receber orientações, no site do CNJ/SNA.

3) Habilitação na Vara: agendar atendimento; levar documentos como RG, CPF, certidões, comprovantes e laudo médico. A Vara orienta sobre entrevistas, cursos e prazos.

4) Curso de preparação: participação obrigatória na maioria das varas; aborda vínculos, desenvolvimento infantil e convivência familiar.

5) Estudo psicossocial: visitas domiciliares e entrevistas com psicólogo(a) e assistente social; é elaborado um parecer técnico sobre aptidão e rede de apoio.

6) Habilitação e inclusão no SNA: aprovada a avaliação, o candidato é formalmente habilitado e incluído no sistema com perfil definido.

7) Busca de correspondência (match): o SNA busca crianças compatíveis; quanto mais flexível o perfil, maior a chance de proposta.

8) Entrevistas e acolhimento provisório: podem ocorrer visitas, entrevistas e, se indicado, convivência monitorada antes da adoção definitiva.

9) Sentença de adoção: após o período de convivência, a Vara emite a decisão e ocorre a averbação nos registros com nova certidão de nascimento.

10) Acompanhamento pós-adoção: suporte psicológico e social durante 6 a 24 meses ou conforme a vara, para acompanhar vínculos e adaptação.

Especialistas orientam que a motivação seja clara e estável, que a família preserve o equilíbrio entre irmãos e que haja acompanhamento contínuo. A participação em redes de apoio e o alinhamento entre família e instituição são vistos como pilares para a continuidade do processo. A oração é mencionada por alguns como elemento de apoio, sem ser determinante, e a preparação deve considerar possíveis marcas emocionais nas crianças.

Comentários 0

Entre na conversa da comunidade
Os comentários não representam a opinião do Portal Tela; a responsabilidade é do autor da mensagem. Conecte-se para comentar

Veja Mais