- A China anunciou a redução de suas emissões de gases de efeito estufa em 7% a 10% até 2035.
- O presidente da China, Xi Jinping, fez o anúncio durante a cúpula climática da Organização das Nações Unidas (ONU) em Nova York.
- O país também se comprometeu a aumentar a participação de energias não fósseis para 30% na matriz energética.
- O plano inclui a expansão da capacidade de usinas eólicas e solares em 3.000 gigawatts.
- A nova meta gerou reações mistas, com especialistas afirmando que os cortes ainda são insuficientes para atender às metas do Acordo de Paris.
A China anunciou um compromisso significativo para reduzir suas emissões de gases de efeito estufa entre 7% e 10% até 2035. O presidente Xi Jinping fez o anúncio durante a cúpula climática da ONU, realizada em Nova York, marcando a primeira vez que o país estabelece uma meta absoluta de redução.
Além disso, a China se comprometeu a aumentar a participação de energias não fósseis em sua matriz energética para 30%, um avanço considerável em relação aos níveis de 2020. O plano inclui a expansão da capacidade de usinas eólicas e solares em 3.000 gigawatts. Xi destacou o crescimento da frota de veículos elétricos e a importância de um mercado de carbono robusto.
A nova meta foi recebida com reações mistas. Andreas Sieber, da ONG 350.org, reconheceu que, embora a meta seja insuficiente, ela posiciona a China como líder em tecnologia limpa. Contudo, especialistas alertam que os objetivos ainda estão aquém do necessário para limitar o aquecimento global a níveis seguros.
Contexto Global
A cúpula da ONU, presidida pelo secretário-geral António Guterres, enfatizou a urgência das Contribuições Nacionalmente Determinadas (NDCs). Até agora, apenas 50 países apresentaram suas NDCs, enquanto o Brasil se comprometeu a ter até cem até a COP30, que ocorrerá em novembro em Belém.
O prazo original para a entrega das NDCs era fevereiro, mas foi prorrogado para setembro devido ao baixo cumprimento. A Índia e a União Europeia, também grandes emissores, ainda não atualizaram suas metas, o que levanta questões sobre a liderança global na luta contra as mudanças climáticas.
A nova meta da China, embora positiva, ainda não atende às expectativas de muitos analistas, que afirmam que cortes maiores são necessários para alinhar-se com as metas do Acordo de Paris. O cenário atual destaca um vácuo na luta contra o aquecimento global, com a necessidade de ações mais ambiciosas por parte das nações emergentes.