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Megazoológico de bilionário gera polêmica e críticas na Índia

Suprema Corte limita contestações ao Vantara e permite ações legais contra críticos, enquanto surgem novas denúncias sobre aquisição de espécies protegidas

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Foto: Reprodução
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  • A Suprema Corte da Índia absolveu o Vantara, zoológico de Anant Ambani, de acusações de tráfico de animais e maus-tratos.
  • A decisão foi tomada em apenas três audiências, com base em um relatório elaborado em 18 dias por juízes aposentados.
  • A Corte limitou contestações públicas e permitiu que o Vantara processasse críticos.
  • Novas denúncias surgiram sobre tentativas de aquisição de espécies protegidas, como o papagaio-de-cauda-dourada e o orangotango-de-tapanuli.
  • A situação do zoológico, que abriga mais de 150 mil animais, continua a ser monitorada devido a preocupações sobre conservação e comércio ilegal de animais.

A Suprema Corte da Índia absolveu o Vantara, megazoo de Anant Ambani, de acusações de tráfico de animais e maus-tratos. A decisão, que ocorreu em apenas três audiências, foi baseada em um relatório elaborado em 18 dias por juízes aposentados. Além de inocentar o zoológico, a Corte limitou contestações públicas e concedeu imunidade ao projeto, permitindo que o Vantara tome ações legais contra críticos.

A decisão gerou indignação entre juristas e ambientalistas, que veem a medida como uma forma de blindagem à família Ambani. O especialista em comércio ilegal de vida selvagem, Daniel Stiles, criticou a rapidez do processo, afirmando que as petições que motivaram a investigação eram “frágeis e vagas”. Ele também destacou que o resumo do relatório não apresentou explicações claras sobre as conclusões.

Denúncias recentes indicam que o Vantara tentou adquirir espécies protegidas, como o papagaio-de-cauda-dourada da Austrália e um orangotango-de-tapanuli da Indonésia. O zoológico, que abriga mais de 150 mil animais de mais de 2 mil espécies, é visto como um símbolo do poder econômico que fragiliza a proteção da biodiversidade.

A situação da ararinha-azul, espécie brasileira ameaçada, também foi mencionada. Em fevereiro de 2023, 26 aves foram transferidas para o Vantara sem a devida autorização do Brasil. O coordenador da Rede Nacional de Combate ao Tráfico de Animais Silvestres, Dener Giovanini, ressaltou que a decisão da Corte foi superficial e que o Brasil deve ter soberania sobre a espécie.

Com a nova decisão, o Vantara pode processar qualquer um que repita as acusações. A situação do zoológico continua a ser monitorada, enquanto novas denúncias surgem, levantando preocupações sobre a conservação e o comércio ilegal de animais.

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