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Cientistas conseguem datar pela primeira vez casca fossilizada de ovo de dinossauro

Cientistas datam ovos de dinossauro em 86 milhões de anos, usando método inovador de urânio-chumbo na China, avançando a paleontologia

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Por Revisado por Luiz Cesar Pimentel
Foto: Reprodução
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  • Cientistas dataram diretamente ovos de dinossauro pela primeira vez usando o método urânio-chumbo em calcita das cascas fossilizadas.
  • A pesquisa revelou que os ovos têm 86 milhões de anos, datando do período Cretáceo.
  • O achado ocorreu na província de Hubei, na China, onde os ovos foram encontrados em um terreno fértil.
  • A nova técnica analisa cristais minerais das cascas, superando limitações de métodos indiretos anteriores.
  • O paleontólogo Bi Zhao, coautor do estudo, planeja aplicar o método em outros fósseis da região e da China.

Cientistas conseguiram datar diretamente ovos de dinossauro pela primeira vez, utilizando o método urânio-chumbo em calcita das cascas fossilizadas. A pesquisa, publicada na revista Frontiers in Earth Science, revelou que os ovos têm 86 milhões de anos, datando do período Cretáceo. O achado ocorreu na província de Hubei, na China, onde uma mamãe dinossauro depositou seus ovos em um terreno fértil.

A nova técnica, que analisa cristais minerais das cascas, representa um avanço significativo na paleontologia. Anteriormente, a datação de fósseis dependia de métodos indiretos, como a análise de rochas vulcânicas ao redor, que nem sempre estão disponíveis. O sítio de Qinglongshan, onde os ovos foram encontrados, carecia de material vulcânico, tornando a abordagem tradicional imprecisa.

Para determinar a idade dos ovos, os pesquisadores utilizaram lasers em fragmentos da casca, vaporizaram os minerais depositados e analisaram a proporção de urânio e chumbo resultante. O urânio se decompõe em chumbo a uma taxa constante, permitindo a estimativa da idade. Essa técnica, até então aplicada apenas em rochas e ossos, abre novas possibilidades para a datação de ovos de dinossauros.

Bi Zhao, paleontólogo do Instituto de Geociências de Hubei e coautor do estudo, afirmou que a equipe planeja aplicar o mesmo método em outros fósseis da região e da China. Se a nova metodologia for confirmada em outros locais, poderá ajudar a traçar uma linha do tempo evolutiva mais precisa dos dinossauros.

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