16 de jul 2025
GM investe US$ 4 bilhões para aumentar produção de picapes e SUVs a gasolina nos EUA
A GM muda sua estratégia e amplia a produção de picapes a gasolina, desafiando a meta de eletrificação até 2035. Entenda os impactos.

A montadora pagou US$ 128,2 milhões em penalidades referentes a padrões verdes (Foto: Roosevelt Cassio/Reuters)
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A General Motors anunciou, nesta terça-feira, 15, a transferência da produção do Cadillac Escalade para uma unidade em Michigan. A mudança também inclui a ampliação da fabricação das picapes Chevrolet Silverado e GMC Sierra movidas a gasolina. Essa decisão faz parte de um plano de investimento de US$ 4 bilhões que a montadora havia revelado em junho, abrangendo três fábricas nos estados de Michigan, Kansas e Tennessee.
Com essa alteração, a GM aumentará sua capacidade de produção de veículos a combustão, em um momento em que a demanda por carros elétricos não tem correspondido às expectativas. O investimento levanta questionamentos sobre a meta da empresa de encerrar a produção de automóveis a gasolina até 2035. A produção do Escalade, que atualmente ocorre em Arlington, Texas, será gradualmente transferida para a fábrica Orion Assembly, em Michigan. A partir de 2027, a unidade também começará a montar versões a gasolina das picapes Silverado e Sierra.
A GM informou que a planta de Arlington continuará a produzir outros SUVs de grande porte, como o GMC Yukon, Chevrolet Suburban e Chevy Tahoe. Essa mudança representa um desvio dos planos anteriores da montadora, que previa iniciar a fabricação de caminhões elétricos em Orion em 2026. A empresa justificou a decisão pela forte demanda contínua dos clientes por SUVs e picapes a gasolina, que são fontes significativas de receita.
Além disso, a nova estratégia da GM ocorre em um contexto de mudanças regulatórias nos EUA. Recentemente, o presidente Donald Trump sancionou uma lei que elimina penalidades por descumprimento das metas de economia média de combustível, facilitando a produção de veículos maiores e menos eficientes. A legislação também prevê o fim dos créditos fiscais de US$ 7.500 para veículos elétricos a partir de 30 de setembro. A GM já havia enfrentado multas por não cumprir padrões anteriores, totalizando US$ 128,2 milhões em penalidades referentes aos anos de 2016 e 2017.
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