15 de jul 2025
Crescimento da China desacelera devido a turbulências comerciais na economia
Crescimento da economia chinesa desacelera para 5,2% no segundo trimestre, levantando preocupações sobre a meta anual de 5%. Desafios persistem.

Foto: Reprodução
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A economia da China registrou um crescimento de 5,2% no segundo trimestre de 2023, um desempenho abaixo das expectativas de analistas, que projetavam um aumento de 5,4%. Este resultado reflete os desafios enfrentados pelo país, incluindo tarifas comerciais impostas pelos Estados Unidos e uma crise prolongada no setor imobiliário.
O Escritório Nacional de Estatísticas da China divulgou que, apesar do crescimento, as vendas no varejo mostraram um aumento modesto de 4,8%, impactando o desempenho geral da economia. A produção industrial, por outro lado, cresceu 6,8% em relação ao ano anterior, indicando uma certa resiliência no setor.
Desafios e Expectativas
Analistas preveem que a China pode não atingir sua meta de crescimento anual de 5%. Dan Wang, diretor da Eurasia Group, afirmou que a expectativa é que o crescimento se mantenha acima de 4%, que é considerado o nível politicamente aceitável. A desaceleração prevista para a segunda metade do ano é atribuída a pressões deflacionárias e um comércio global enfraquecido.
As exportações chinesas também apresentaram um desempenho misto. Em junho, houve um aumento de 5,8%, mas as vendas para os Estados Unidos caíram 16,1%. O vice-diretor do Escritório Nacional de Estatísticas, Sheng Laiyun, destacou que a economia está se tornando menos dependente das vendas externas, com os gastos dos consumidores representando 52% do crescimento na primeira metade do ano.
Perspectivas Futuras
Embora o crescimento médio anualizado no primeiro semestre tenha sido de 5,3%, fatores externos e uma demanda interna ainda insuficiente podem impactar a recuperação econômica. Sheng alertou sobre a necessidade de fortalecer o consumo interno e estabilizar as relações comerciais globais para garantir um crescimento sustentável.
A economia da China, apesar de mostrar sinais de resiliência, enfrenta desafios significativos que podem afetar seu desempenho nos próximos meses. A continuidade das tensões comerciais e a instabilidade no mercado imobiliário permanecem como fatores críticos a serem monitorados.



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