15 de jul 2025
China registra crescimento de 5,2% no segundo trimestre apesar da guerra comercial
China surpreende com crescimento de 5,2% no PIB no segundo trimestre, apesar da guerra comercial com os EUA e desafios internos.

Visitantes em um mirador do porto de Yangshan, a periferia de Xangai, nesta terça-feira. (Foto: Go Nakamura/REUTERS)
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A economia chinesa demonstrou resiliência ao registrar um crescimento de 5,2% no PIB no segundo trimestre de 2023, superando as expectativas de analistas. Os dados foram divulgados pela Oficina Nacional de Estatísticas (ONE) e refletem a capacidade do país de enfrentar os desafios impostos pela guerra comercial com os Estados Unidos.
As exportações chinesas aumentaram 7,2%, enquanto as importações caíram 2,7%, indicando um fortalecimento da balança comercial. Apesar das tensões globais, o crescimento do PIB no segundo trimestre foi apenas 0,2 ponto percentual inferior ao do primeiro trimestre, que foi de 5,4%. No total, o crescimento no primeiro semestre foi de 5,3%.
Sheng Laiyun, subdiretor da ONE, afirmou que a economia nacional "resistiu à pressão" e se adaptou a um ambiente internacional "complexo e em mudança". Ele destacou a implementação de políticas macroeconômicas mais proativas para estimular a demanda interna, que ainda enfrenta desafios devido à desaceleração do setor imobiliário.
Desempenho Setorial
O crescimento das exportações e a queda nas importações contribuíram para um superávit comercial crescente. No entanto, a relação com a União Europeia pode ser afetada, especialmente com a cúpula marcada para a próxima semana em Pequim, onde líderes europeus buscam equilibrar o comércio com a China.
No primeiro semestre, a produção industrial cresceu 6,4% e as vendas no varejo aumentaram 5%, impulsionadas por políticas de incentivo ao consumo. Contudo, os preços caíram 0,1% em relação ao ano anterior, refletindo uma demanda interna ainda insuficiente. A queda nos preços de produção industrial foi de 2,8%.
A China tem investido em setores estratégicos, como tecnologia e manufatura, com crescimento de 7,5% na área de manufaturas, enquanto o investimento no setor imobiliário caiu 11,2%. As vendas de imóveis também enfrentaram uma queda de 5,5% no primeiro semestre, embora os preços tenham se mantido estáveis.
Impacto da Guerra Comercial
Os dados de comércio internacional mostram que, em junho, as exportações e importações cresceram 5,2% em relação ao ano anterior, em parte devido a uma trégua comercial com os EUA. No entanto, o comércio bilateral com os Estados Unidos caiu 9,3% no primeiro semestre e 20,8% no segundo trimestre.
A batalha tarifária entre os dois países atingiu seu auge em abril, com tarifas que chegaram a 145% e 125% sobre produtos. Apesar disso, especialistas como Alicia García Herrero, economista do banco Natixis, afirmam que a guerra comercial ainda não impactou significativamente o crescimento da China, prevendo que o país pode alcançar seu objetivo de crescimento de 5% até o final do ano.
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