20 de jul 2025
Bolsonaro se apresenta como vítima em meio a crise política e judicial
Bolsonaro teme prisão e investigações se intensificam; novos crimes e plano de fuga são apurados após encontro com embaixadores.

Jair Bolsonaro é levado pela Polícia Federal para calçar tornozeleira eletrônica por ordem do STF (Foto: Brenno Carvalho)
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Jair Bolsonaro expressou preocupação com a possibilidade de prisão após a imposição de tornozeleira eletrônica e a apreensão de seu passaporte. Em declarações, afirmou que está "no cadafalso" e que sua condenação é iminente, referindo-se ao ministro do Supremo Tribunal Federal, Alexandre de Moraes, como seu algoz.
Desde fevereiro, o ex-presidente enfrenta acusações de tentativa de golpe de Estado e, recentemente, a Procuradoria-Geral da República identificou novos crimes, incluindo coação no curso do processo e obstrução de Justiça. Bolsonaro também é investigado por um suposto plano de fuga, que se intensificou após um encontro marcado com embaixadores.
Novas Acusações
Além das acusações já existentes, a Procuradoria aponta que Bolsonaro cometeu mais três crimes nas últimas semanas. A investigação se intensificou após o envio de seu filho, Eduardo Bolsonaro, aos Estados Unidos, onde ele teria articulado um ataque contra o Brasil, buscando apoio para livrar o pai da prisão. O ex-presidente admitiu ter repassado R$ 2 milhões para financiar a estadia do filho no exterior.
Na última sexta-feira, Bolsonaro reforçou as suspeitas de fuga ao mencionar o encontro com embaixadores. Ele havia passado duas noites na Embaixada da Hungria após a apreensão de seu passaporte, o que levanta questões sobre sua intenção de deixar o país.
Reações e Comparações
O ministro Flávio Dino, ao referendar as medidas impostas por Moraes, comparou a pressão americana sobre o Brasil a um sequestro, destacando que o governo de Donald Trump exige a impunidade dos golpistas como condição para libertar a economia brasileira de um "tarifaço".
Na decisão que autorizou novas buscas na residência de Bolsonaro, Moraes citou o escritor Machado de Assis, ressaltando a importância da soberania nacional. A citação, que remete a um texto de 1876, foi utilizada para enfatizar a gravidade das ações do ex-presidente e a necessidade de responsabilização.
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