Pesquisa revela que 59% apoiam operação da PF contra Bolsonaro nas redes sociais

A Polícia Federal (PF) deflagrou uma operação contra o ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) nesta sexta-feira, 18 de agosto, resultando em busca e apreensão, além da imposição de tornozeleira eletrônica. As medidas foram determinadas pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), após representação da PF, que alegou riscos de obstrução à Justiça e ataque à soberania nacional.

A operação gerou forte repercussão nas redes sociais, com um levantamento da Quaest indicando que 59% das menções apoiaram a ação, enquanto 41% criticaram. O monitoramento abrangeu 1,3 milhões de menções, com 418 mil autores únicos. O pico de engajamento ocorreu entre a manhã e o início da tarde, superando 150 mil menções por volta das 10h.

Entre os apoiadores da operação, expressões como "Bolsonaro na cadeira" e "grande dia" foram frequentes. Por outro lado, os críticos utilizaram termos como "censura" e "ditadura", com 10% das postagens questionando a atuação do STF. As interações em grupos de WhatsApp e Telegram também mostraram um alto volume de críticas ao STF, especialmente ao ministro Moraes.

Além das restrições de comunicação, Bolsonaro está proibido de se aproximar de embaixadas e de se comunicar com diplomatas estrangeiros. As medidas foram justificadas pela PF devido a suspeitas de coação e risco de fuga do ex-presidente. Durante a operação, foram apreendidos pelo menos US$ 14 mil na residência de Bolsonaro em Brasília.