PGR revela tentativa de Eduardo Bolsonaro de acionar sanções dos EUA contra o STF

A Procuradoria-Geral da República (PGR) informou ao Supremo Tribunal Federal (STF) que o deputado federal Eduardo Bolsonaro (PL-SP) tem buscado, desde o início do ano, convencer o governo dos Estados Unidos a impor sanções contra ministros do STF e autoridades da Polícia Federal. Essa ação é vista como uma retaliação às investigações que envolvem tanto Eduardo quanto seu pai, Jair Bolsonaro, acusado de liderar uma organização criminosa que visa desestabilizar a ordem democrática.

A manifestação da PGR foi apresentada na decisão do ministro Alexandre de Moraes, que autorizou uma operação da Polícia Federal contra Jair Bolsonaro. A PGR destacou que Eduardo tem se dedicado a essa causa, alegando perseguição política. Segundo o documento, as tentativas de Eduardo se intensificaram à medida que avança a Ação Penal 2.668, na qual Jair Bolsonaro é réu.

A PGR também observou que as declarações de Eduardo, feitas em redes sociais e entrevistas, têm um tom ameaçador. Há um claro intuito de intimidar agentes públicos e juízes envolvidos na Ação Penal, refletindo um possível desejo de obstruir a Justiça. A Procuradoria enfatizou que essas ações são parte de um esforço mais amplo para coagir o STF e criar um ambiente de instabilidade política e econômica no Brasil.

As investigações revelam um alinhamento entre as condutas de Jair e Eduardo Bolsonaro, que tentaram criar obstáculos nas relações comerciais entre Brasil e Estados Unidos. A PGR classificou essas ações como "atos hostis" e "negociações espúrias e criminosas", com o objetivo de interferir no funcionamento do STF. A situação continua a se desdobrar, com implicações significativas para a política brasileira.