18 de jul 2025
Câmara dos EUA aprova corte de R$ 50 bilhões em ajuda externa e comunicação pública
Corte de US$ 9 bilhões em ajuda externa e mídia pública gera divisões entre republicanos e críticas sobre impactos sociais.

Fachada da PBS, a rede de TV pública federal dos EUA — Foto: Kayla Bartkowski / GETTY IMAGES NORTH AMERICA / AFP
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A Câmara dos Deputados dos EUA aprovou um corte de US$ 9 bilhões em verbas para ajuda externa e financiamento de veículos de comunicação estatais. A medida, apoiada pelo presidente Donald Trump, foi aprovada por uma votação apertada de 216 a 213 e segue agora para sua assinatura.
O pacote de cortes, que já havia sido aprovado no Senado, gerou divisões na base republicana. Apenas dois deputados republicanos, Brian Fitzpatrick e Michael R. Turner, se opuseram à proposta. O plano inclui um corte de US$ 8 bilhões em programas de ajuda no exterior, afetando áreas como cuidados médicos. Contudo, US$ 400 milhões destinados ao programa Pepfar, voltado ao combate à Aids na África, foram mantidos.
Impactos e Reações
A redução de US$ 1,1 bilhão no financiamento da Corporação para a Radiodifusão Pública também foi aprovada. Essa corporação apoia veículos como a NPR e a PBS, que são essenciais para a informação pública. A presidente da NPR, Katherine Maher, destacou que quase 3 em cada 4 americanos dependem dessas estações para receber alertas e notícias sobre segurança pública.
No Senado, a votação evidenciou fissuras na base trumpista, com dois senadores republicanos se unindo aos democratas contra os cortes. A senadora Lisa Murkowski citou os efeitos negativos que a redução do financiamento da mídia pública pode ter sobre a população.
Papel de Elon Musk
Os cortes foram parte de uma iniciativa do Departamento de Eficiência Governamental, anteriormente liderado por Elon Musk. Musk, que já havia promovido o desmantelamento da Usaid, criticou os cortes como insuficientes em sua busca por uma administração mais enxuta. Recentemente, ele se distanciou publicamente de Trump, em meio a debates sobre gastos governamentais.
A votação ocorre em um contexto de crescente tensão entre os republicanos e a administração, refletindo as complexidades da política atual nos EUA.
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