Senado dos EUA aprova cortes de R$ 50 bilhões propostos por Elon Musk

O Senado dos Estados Unidos aprovou, na madrugada de quinta-feira (17), um corte de gastos de 9 bilhões de dólares (cerca de 50 bilhões de reais), que impacta programas de ajuda no exterior e comunicação pública. A medida, apoiada pelo presidente Donald Trump, agora segue para a Câmara dos Representantes para aprovação final, com prazo até sexta-feira (18).

O projeto de corte é parte de um procedimento conhecido como "pacote de rescisão", uma prática rara que não é utilizada há décadas. O Congresso já havia alocado verbas para esses programas, e a não aprovação do projeto resultaria em gastos conforme o previsto anteriormente. A proposta de cortes, liderada pelo Departamento de Eficiência Governamental (DOGE), enfrentou resistência de ambos os partidos, mas foi aprovada pelo Senado com 51 votos a favor e 48 contra.

A proposta original da Câmara incluía um corte de 400 milhões de dólares (aproximadamente 2,2 bilhões de reais) para programas de saúde, como o PEPFAR, que combate a aids e já salvou 26 milhões de vidas. A rejeição desse corte foi crucial para a aprovação do pacote. O senador republicano Lindsey Graham defendeu a legislação, afirmando que ela está alinhada com as promessas de Trump de reduzir gastos, mas ressaltou a importância da ajuda externa.

A aprovação na Câmara será um teste para as propostas de cortes e a relação entre Trump e Elon Musk, que liderou o DOGE, mas agora enfrenta desafios. A situação política continua tensa, com debates acalorados sobre a eficácia e a necessidade dos cortes propostos.