Promotora dos casos Epstein e Diddy é demitida nos Estados Unidos

Maurene Comey, promotora federal de Manhattan, foi demitida abruptamente pelo governo Trump nesta quarta-feira, conforme informado por fontes próximas ao caso. A decisão levanta questionamentos sobre sua saída, especialmente devido ao seu trabalho em casos de alto perfil, como os de Jeffrey Epstein e Ghislaine Maxwell.

A demissão foi comunicada a Maurene por meio de uma carta que mencionava o Artigo II da Constituição, que confere poderes ao presidente. A promotora, filha do ex-diretor do FBI, James Comey, tem sido alvo de especulações, especialmente em relação à pressão para a divulgação de arquivos sobre Epstein, que continua a ser um tema sensível na política americana.

Nos últimos dias, Trump e sua procuradora-geral, Pam Bondi, enfrentaram críticas por não divulgarem documentos relacionados ao caso Epstein. O ex-financista, que se suicidou em 2019, permanece no centro de um intenso debate público. Trump, sem apresentar evidências, insinuou que James Comey poderia ter forjado documentos relacionados ao caso.

A demissão de Maurene Comey é a mais significativa desde que o governo Trump abandonou acusações de corrupção contra o prefeito de Nova York, Eric Adams. A saída de um promotor experiente como ela é considerada rara e ocorre em um contexto de crescente controle do presidente sobre o Departamento de Justiça.

Maurene também atuou em outros casos notáveis, incluindo o julgamento de Sean "Diddy" Combs, que foi absolvido recentemente. Sua demissão pode ser vista como uma tentativa do governo de desviar a atenção de um escândalo em curso, enquanto a pressão por transparência em relação a Epstein continua a aumentar.