17 de jul 2025
Alemanha e Reino Unido firmam acordo de defesa em resposta ao afastamento dos EUA
Reino Unido e Alemanha assinam tratado de defesa mútua, expandindo cooperação em energia, economia e migração, em resposta a desafios globais.

Acordo, assinado por Keir Starmer, do Reino Unido, e por Friedrich Merz, da Alemanha, abrange energia, cooperação econômica e migração (Foto: Leon Neal / The New York Times)
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O Reino Unido e a Alemanha firmaram um novo tratado de defesa mútua nesta quinta-feira, durante a visita do chanceler alemão, Friedrich Merz, a Londres. O acordo, assinado pelo primeiro-ministro britânico, Keir Starmer, abrange não apenas compromissos militares, mas também cooperação em energia, economia e migração.
Este tratado é um desdobramento de um acordo anterior, estabelecido em outubro do ano passado, que visava fortalecer a segurança na Europa em resposta à política externa dos EUA e à guerra na Ucrânia. O novo pacto inclui a cláusula de que um ataque a um dos países será considerado uma ameaça ao outro, garantindo assistência militar mútua.
Cooperação em Segurança e Economia
A assinatura do tratado representa um avanço significativo nas relações anglo-alemãs, que têm evoluído de forma mais lenta em comparação com a cooperação entre o Reino Unido e a França. Mark Leonard, do Conselho Europeu de Relações Exteriores, destacou que a formalização da cooperação em defesa era uma lacuna a ser preenchida. O acordo é visto como um "contrato de amizade", buscando reduzir divisões geradas pela saída britânica da União Europeia.
Além das questões de defesa, o tratado inclui medidas para fortalecer laços comerciais e facilitar a migração. Isso abrange desde parcerias em pesquisa científica até melhorias nas conexões ferroviárias entre os dois países. A migração, um tema central nas discussões recentes entre o Reino Unido e a França, também é abordada, visando combater o tráfico de pessoas e simplificar a visita de cidadãos britânicos e alemães.
Desafios e Oportunidades
A Alemanha, que não possui armas nucleares, se tornou o terceiro maior fornecedor de equipamentos militares para a Ucrânia, após os EUA e o Reino Unido. Sob a liderança de Merz, o país se comprometeu a aumentar seus gastos militares para 3,5% do PIB até 2029, marcando um rearmamento significativo desde o fim da Guerra Fria.
A visita de Merz a Londres, embora menos ostentosa que a do presidente francês Emmanuel Macron, reflete a importância do relacionamento entre os dois líderes centristas. Ambos enfrentam desafios em sistemas políticos polarizados e têm a oportunidade de trabalhar juntos em questões de segurança e cooperação econômica nos próximos anos.
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