15 de jul 2025
Lula decide sobre veto ao aumento do número de deputados até esta quarta-feira
Prazo para sanção do aumento de deputados termina hoje. Lula enfrenta pressão popular e divisão interna sobre a decisão.

Davi Alcolumbre, Lula e Hugo Motta (Foto: Cristiano Mariz/Agência O Globo)
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Acaba nesta quarta-feira, 16 de julho, o prazo para a sanção presidencial do projeto de lei que aumenta o número de deputados federais de 513 para 531 a partir de 2027. A proposta, aprovada pelo Congresso em 25 de junho, gerou forte descontentamento entre a população.
Até o início da noite de terça-feira, aliados do presidente Luiz Inácio Lula da Silva ainda não tinham clareza sobre sua decisão. Enquanto alguns defendem o veto integral ao aumento, outros sugerem que o presidente permita que o Congresso promulgue a lei. Lula já descartou a possibilidade de sancionar a medida, que adiciona cadeiras para estados como Pará, Santa Catarina e Amazonas.
Uma pesquisa do Datafolha, divulgada em 17 de junho, revelou que 76% dos brasileiros são contra o aumento no número de deputados. O presidente do Senado, Davi Alcolumbre, afirmou que, caso Lula não se manifeste até as 10h, o projeto será promulgado imediatamente. A medida, se aprovada, acarretará um custo anual estimado em R$ 65 milhões.
Divisão no Governo
A decisão de Lula ocorre em um contexto de divisão entre seus assessores. Alguns ministros acreditam que o veto é necessário para evitar desgaste político, enquanto outros argumentam que deixar a promulgação a cargo do Congresso pode ser uma alternativa menos conflituosa. O aumento no número de deputados também levanta preocupações sobre o impacto financeiro e a redistribuição de emendas parlamentares.
O presidente da Câmara, Hugo Motta, defende que o aumento é essencial para garantir representação adequada aos estados em crescimento populacional. No entanto, a proposta enfrenta resistência, com muitos cidadãos e parlamentares questionando a necessidade de mais cadeiras na Câmara.
A situação continua em desenvolvimento, com reuniões entre líderes do governo e do Congresso para discutir os próximos passos. A pressão da opinião pública e as implicações financeiras da medida são fatores que influenciam a decisão final de Lula.




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