15 de jul 2025
Hugo Motta é acusado de empregar funcionárias fantasmas em seu gabinete na Câmara
Hugo Motta demite funcionárias com cargos incompatíveis após investigação da Folha. Pressão aumenta sobre o presidente da Câmara.

O presidente da Câmara, deputado Hugo Motta (Republicanos-PB) (Foto: Ueslei Marcelino - 02.abr.2025/Reuters)
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O presidente da Câmara dos Deputados, Hugo Motta (Republicanos-PB), demitiu duas funcionárias de seu gabinete após uma investigação da Folha de S. Paulo revelar que elas ocupavam cargos incompatíveis com suas rotinas. As exonerações ocorreram na terça-feira, 15 de outubro, e ainda não foram publicadas oficialmente.
As funcionárias, Gabriela Pagidis, fisioterapeuta, e Monique Magno, assistente social, receberam juntas R$ 112 mil em salários e auxílios neste ano. Ambas estavam no cargo de secretárias parlamentares, com jornada de 40 horas semanais, mas também exerciam outras funções em prefeituras da Paraíba. A Folha identificou que Gabriela atendia em clínicas no Distrito Federal, enquanto Monique acumulava funções na Câmara e na Prefeitura de João Pessoa.
Motta afirmou que preza pelo cumprimento rigoroso das obrigações de seus funcionários. No entanto, a investigação levantou questões sobre a transparência nas contratações. Gabriela, que foi contratada em 2017, recebia atualmente R$ 11,5 mil brutos, enquanto Monique, que entrou em 2019, tinha um salário de R$ 1.800 brutos, além de auxílios.
Situação das Funcionárias
A situação de Monique é particularmente complexa, pois ela também trabalha na Prefeitura de João Pessoa, onde cumpre uma carga horária de 30 horas semanais. Mesmo que o acúmulo de funções não fosse proibido, ela teria que trabalhar 14 horas por dia para conciliar os dois empregos. A Folha tentou obter informações sobre os registros de ponto, mas o gabinete de Motta se recusou a fornecer a documentação.
Além das duas demitidas, uma terceira funcionária, Louise Lacerda, estudante de medicina, também está sob análise. Ela foi contratada em 2018 e, atualmente, cursa medicina em período integral. As investigações continuam, e a pressão sobre Motta aumenta à medida que mais detalhes sobre as contratações vêm à tona.



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